MULHERES NA CIÊNCIA


As carreiras da ciência sempre eram consideradas um território masculino e as "letras" mais feminino. Se olharmos direito para o passado, veremos que este conceito está totalmente equivocado: na história, não faltam mulheres que se dedicaram e destacaram nas áreas da ciência, tecnologia, engenharia e matemática. Havendo, em alguns casos, homens que se aproveitaram dos conhecimentos das mulheres e receberam mérito por isso.
A seguir, alguns exemplos dessas mulheres.
Marie Curi (1867-1934)

A física francesa de origem polonesa Marie Sklodowska Curie conquistou dois feitos relacionados ao Nobel: foi a primeira mulher a obter um prêmio, assim como a primeira pessoa a ser recebê-lo duas vezes. O primeiro reconhecimento chegou com o Prêmio Nobel de Física, que recebeu em 1903 com seu marido, Pierre Curie, e com Henri Becquerel, por descobrir os elementos radioativos rádio e polônio.

Em 1911, Marie Curie conquistou o Nobel de Química por suas investigações sobre o rádio e seus compostos. Ela faleceu em 1934, vítima de uma anemia aplástica.


Margarita Salas (1938)

Espanhola, começou a desenvolver sua carreira cientifica em plena ditadura franquista, quando ser mulher era um desafio ainda maior para quem queria se dedicar à ciência.

Com seu marido, o também cientista Eladio Viñuela, ela viajou aos Estados Unidos, e desenvolveu investigações de Bioquímica e de Biologia Molecular, com a ajuda de outro cientista já renomado na época. Com o passar dos anos, ela se destacou por suas pesquisas individuais no campo da Genética. De volta à Espanha, ela dirigiu o Conselho Superior de Investigações Científicas.


Pilar Basabe (1908-1993)

Filha de uma família nobre espanhola, ela foi a primeira mulher a se formar como Engenheira na história do seu país, assim como a primeira a comandar um trem. Mesmo que tenha uma história tão interessante, ela nunca exerceu sua profissão e decidiu entrar para a política. Durante a Guerra Civil Espanhola atuou como enfermeira e, em 1969, se tornou a primeira prefeita de Bilbao. Em 1979 foi vítima de um atentado do ETA que lhe deixou sequelas até sua morte, em 1993. 


Gertrudis de la Fuente (1921-2017)

A cientista nascida em Madri entrou para a história da ciência ao se tornar a primeira bioquímica da Espanha, e se especializou em enzimas.

Como pesquisadora, uma das suas descobertas de maior destaque foi desvendar a chamada ‘síndrome tóxica’, que matou a quase duas mil pessoas no começo dos anos 80, além de deixar sequelas em outras tantas. A equipe que foi coordenada por ela confirmou que o óleo de colza estava por trás de esta catástrofe da saúde pública.


Ellen Ochoa (1958)

A física e cientista californiana de origem mexicana se tornou, em 1993, a primeira hispânica a viajar para o espaço, a bordo do ônibus espacial Discovery.

No total, Ochoa participou de quatro missões da NASA e, além disso, é inventora de várias patentes no campo dos sistemas óticos para o processamento da informação.

(Na imagem, Ellen Ochoa é a terceira à direita).

Lise Meitner (1878-1968)
Lise Meitner (à esquerda) foi uma física austríaca que investigou a radioatividade e a física nuclear. Meinter foi parte importante do time que descobriu a fusão nucelar, uma conquista pela qual seu colega, Otto Hahn, recebeu o prêmio Nobel. Ela é, com frequência, considerada um dos exemplos mais significativos de invenções realizadas por mulheres e ignoradas pelo comitê do Nobel.

Uma investigação publicada em 1997 pela revista Physics Today concluiu que a omissão de Meitner foi um ‘caso raro no qual as opiniões pessoais negativas levaram a ignorar a um cientista que merecia um prêmio’. O elemento químico número 109, Meitnério, foi nomeado em sua homenagem.

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